Onde nenhuma linguagem advém, como no ser da pedra, da planta, e do animal, também aí não há abertura alguma do ente e, consequentemente, também nenhuma abertura do não ente e do vazio. (...) Cada língua é o acontecimento do dizer, no qual, para um povo emerge históricamente o seu mundo e se salvaguarda como reserva. O dizer projectante é aquele que, na preparação do dizível, faz ao mesmo tempo advir, enquanto tal, o indizível ao mundo. Num tal dizer é que se cunham de antemão, para um povo histórico, os conceitos da sua essência, a saber, da sua pertença histórica do mundo.
Heidegger, Martin
A origem da obra de arte
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